Câmara
Ao fazer um retrospecto do perfil dos oitos representantes de Rondônia na Câmara dos Deputados, exercendo mandato na atual legislatura se obtém um quadro preocupante. Em que pese o número considerável de votos obtidos e o empenho no trabalho legislativo, a trajetória da maioria se revela obscura. O contato com o poder, inclusive com suas benesses vem desvirtuando políticos rondonienses.
Câmara I
A maioria já respondeu ou vem respondendo processo no judiciário, inclusive usam como maior tese o direito da ampla defesa e do contraditório. Por outro lado, tem antes do transitado em julgado todo um caminho para se esquivarem de seus julgadores. Nesse interim, a veiculação de fatos negativos pela mídia a respeito de suas ações, em tese reprováveis, macula o Estado de Rondônia.
Marinha
A Deputada Federal Marinha Raupp (PMDB) reeleita com 61.419 votos, com domicílio eleitoral em Rolim de Moura está exercendo seu sexto mandato, inclusive é uma campeã de votos no Estado. Em que pese ser esposa do Senador Valdir Raupp, possui carreira política pessoal sólida. No entanto, foi alvo da mídia nacional por ter dado a volta ao mundo viajando com seu esposo no que considera ser missões internacionais
Marcos Rogério
O Deputado Federal Marcos Rogério (PDT) reeleito com 60.780 votos, com domicílio eleitoral em Ji-Paraná vem tendo uma ascensão na Câmara dos Deputados a exemplo da relatoria do Caso Cunha no Conselho de Ética. Todavia, também foi alvo da mídia nacional citando que o parlamentar havia recebido recurso de empreiteiras da Lava Jato para sua campanha de reeleição.
Mariana
A deputada Mariana Carvalho (PSDB) eleita com 60.324 votos, com domicílio eleitoral em Porto Velho foi a grande surpresa da eleição 2014 e vem procurando corresponder às expectativas de seu eleitorado em diversas frentes. Por outro lado, seu partido viu com desconfiança a psdbista deixar seguir uma orientação partidária na eleição da presidência ao depositar seu voto no então candidato Eduardo Cunha (PMDB).
Capixaba
O Deputado Federal Nilton Capixaba (PTB) reeleito com 42.353 votos, com domicílio eleitoral em Cacoal é um político que renasce das cinzas. Após ser bombardeado por seu envolvimento na Operação Sanguessuga e ver seu sonho de ser Senador desfeito, logo retornou a Câmara com expressiva votação. No entanto, ainda responde por essas ações no Supremo Tribunal Federal.
Mosquini
O Deputado Federal Lúcio Mosquini (PMDB) eleito com 40.595, com domicílio eleitoral em Jaru teve sua ascensão política ao ser diretor do DER (Departamento de Estrada de Rodagens) do Estado. Está tendo um mandato tímido, talvez pela assombração das investigações da Operação Ludus que o levou para a cadeira com suspeita de desvio de recursos públicos. No entanto, diz que pretende provar sua inocência.
Luiz Cláudio
O Deputado Federal Luiz Cláudio (PR) eleito com 33.737 votos, com domicílio eleitoral em Rolim de Moura desenvolve suas atividades parlamentares a mineira, ou seja, ao atuar com mais firmeza em prol do desenvolvimento agrícola do Estado, às vezes evita os holofotes. No entanto, foi criticado por ter deixado de assinar o requerimento de abertura da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Petrobras.
Expedito
O Deputado Federal Expedito Netto (SD) eleito com 25.691 votos, com domicílio eleitoral em Porto Velho e estreante em mandato eletivo vem demonstrando ser um jovem político aguerrido. Também foi criticado por segmentos da sociedade a exemplo da CUT (Central Única dos Trabalhadores), por ter votado a favor da PL 4330 que em tese acabaria com CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).
Garçom
O Deputado Federal Lindomar Garçom (PMDB) eleito com 24.146 votos, com domicílio eleitoral em Porto Velho é um político popular e com entrada em todos os segmentos da sociedade. Também ao longo de sua ascensão política vem se revelando um verdadeiro equilibrista, a fim de se manter no poder. Em 2015 o Ministério Público buscou sua cassação por ‘compra de votos’, mas o judiciário optou pelo arquivamento.
Rastro
O rastro é perceptível ao acessar os sites dos órgãos de controle e do judiciário, mas principalmente nas mídias eletrônicas. Há quem tenha uma ficha maior que alguns detentos que cumprem pena no Sistema Prisional rondoniense, a diferença é que não são fichados na Sejus (Secretária de Estado de Justiça). Às vezes pousam de bonzinhos, a exemplo dos presos de bom comportamento que almejam liberdade condicional.
Rastro I
Não se deve lançar a primeira pedra contra quem quer que seja, no entanto, quando Jesus Cristo se apresentou ao mundo veio sem mácula. Portanto, quem deseja representar uma população não precisa estar acima das leis, mas sim agindo de acordo com elas. Nesse sentido, não faz bem aos que ostentam o poder político se apresentar vestido de cordeiro e agir como lobo devorador porque com o tempo tudo se revela.
Representatividade
De certa forma, esse tipo de representatividade fica comprometida porque em que pese ser legal, no entanto, muitas vezes se torna imoral. Quando o político submete seu nome ao eleitorado apresentando suas propostas e projetos, este finda sendo convencido que aquilo é o melhor para seu Estado e/ou região. O problema se dá após assumir o mandato, pois nem sempre cumpri o que propôs e ainda pousa com sorriso amarelo.
Representatividade I
O que se percebe muitas vezes é a mudança de base eleitoral, ou seja, o político fica desacreditado em um bairro, distrito ou município, então passa a levar seu poder de persuasão a outras comunidades. Por outro lado, se faz necessário afirmar que uma quantidade considerável de eleitores vem compactuando com essas práticas antirrepublicanas e aplaudindo quem age dessa maneira.
Ano eleitoral
Chegado 2016 e em pleno ano eleitoral onde se elegerá vereadores e prefeitos, nada melhor que repensar sobre esses representantes. Isso porque é a partir das eleições municipais que se começa a definir as de 2018. Assim, os que não saírem candidatos ao executivo, sem dúvidas, procurará eleger o maior número de correligionários afim de fortalecer suas bases já de olho na reeleição.
Ano eleitoral I
A crise política e econômica vivenciada em todo país pode ser também fruto de uma má escolha política, principalmente na hora do eleitor depositar seu voto na urna. Então, a responsabilidade pela mudança é de cada um que possui seu título eleitoral em dia. Nesse sentido, seja um revolucionário e comece a mudar essa história votando de forma consciente e correta.
Autor: DAVID RODRIGUES