Confúcio Moura, Valdir Raupp e Maurão de Carvalho na linha de frente do projeto partidário
Às articulações políticas seguem a todo vapor em pleno carnaval e também dividirá a pauta durante os jogos de futebol da Copa do Mundo a partir de junho, mas o que predomina é a ousadia do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) que excluiu o P de partido em lançar três pré-candidaturas aos cargos majoritários no Estado de Rondônia. Todavia, é corajoso afirmar que não fará barba, cabelo e bigode em 2018. Com isso, a pergunta que não quer calar é a de quem ficará sem mandato nas próximas eleições?
Há um ditado popular que o risco que corre o pau também corre o machado e isso serve para a linha de frente do projeto partidário encabeçado pelo governador Confúcio Moura, o senador Valdir Raupp e o presidente da Assembleia Legislativa Maurão de Carvalho. Até as convenções previstas para o mês de julho ainda haverá muito diálogo e reajustes, mas caso essa pretensão se mantenha ao menos um dos três pagará com a própria cabeça ficando sem mandato a partir de 2019.
Das duas vagas majoritárias para o Senado Federal, o governador Confúcio Moura com domicílio em Ariquemes é apontado como um dos favoritos a ocupar uma. Ex-prefeito e deputado federal por três vezes, exercendo o segundo mandato no executivo estadual ostenta o discurso da austeridade política. O afastamento do cargo está previsto para ocorrer no mês de abril, a fim de alcançar seu objetivo que é representar o Estado em Brasília. Todavia, precisará correr trecho para confirmar o favoritismo até o dia 7 de outubro.
O senador Valdir Raupp de Rolim de Moura está confiante para mais uma reeleição já tendo exercido a função de vereador, prefeito e em 1994 se elegeu governador de Rondônia. Em 2002 conseguiu a primeira vitória para o Senado Federal sendo reeleito para o cargo em 2010 com quase meio milhão de votos. Aposta no trabalho que desenvolve e nas emendas que disponibiliza aos municípios, no entanto, vez em quando tem a imagem maculada por repercussões de Ação Penal que responde junto ao Supremo Tribunal Federal (STF).
O presidente da Assembleia Legislativa, Maurão de Carvalho que ascendeu do município de Ministro Andreazza na condição de vereador e prefeito agora exerce o sexto mandato de deputado estadual. Na convenção de 2014 amargou uma traição quando pretendia concorrer ao governo pelo PP, mas se reergueu ao ser reeleito e por unanimidade ser conduzido à presidência do parlamento estadual em 2015. Na construção da pré-candidatura para ocupar o cargo de governador, em especial confia no segmento evangélico para triunfar.
O cenário estaria perfeito para os peemedebistas se não existissem os grupos adversários que também almejam chegar ao poder, a exemplo da postulação do senador com dois mandatos de Ji-Paraná Acir Gurgacz (PDT) que concorrerá ao governo pela segunda vez. O pedetista que ingressou na política em 2000 ao ser eleito para governar a capital da BR conta com o PSB como fiel aliado, inclusive o atual prefeito Jesualdo Pires postula a pré-candidatura ao Senado Federal e vem se articulando para enfrentar o pleito.
O Senador Ivo Cassol (PP) que luta contra os efeitos de duas Ações Penais no Supremo Tribunal Federal (STF) mantém um pé de esperança na candidatura ao governo ou à reeleição, mas possui força para indicar um postulante caso seja impedido de concorrer. Após ser prefeito de Rolim de Moura por duas vezes a partir de 1996, logo repetiu a façanha ao ser eleito em 2002 e reeleito em 2006 para governador do Estado de Rondônia. Na pessoa do deputado federal Luís Cláudio, o PR é o principal aliado na composição.
O ex-senador Expedito Júnior (PSDB) havia sido eleito em 2006 com 267.728 votos, mas foi afastado em 2009 pelo Supremo Tribunal Federal, oriundo de Rolim de Moura onde exerceu mandato de vereador para de lá ter três consecutivos de deputado federal. Após um revés na política e seguidas derrotas no judiciário está apto para alçar novo voo com o apoio do prefeito de Porto Velho, Dr. Hildon Chaves e sob a benção da deputada Mariana Carvalho busca afinar o bico com o ressurgimento do tucano José Guedes.
Em outra ponta se apresentam as pré-candidaturas consideradas alternativas, a fim de ganhar apoio da opinião pública através da militância e redes sociais para fazer frente aos projetos praticamente já concebidos. O advogado Marcos Pereira tenta emplacar pelo PT, o professor Vinícius Miguel com a benção do pastor Aluízio Vidal pela Rede Sustentabilidade, o advogado Jackson Chediak (PCdoB), o desportista Pedro Nazareno pelo PSTU e a provável candidatura do promotor de justiça Héverton Aguiar na dobradinha com o Bosco da Federal ao senado via Podemos.
O resultado das eleições em 2018 passa por esses titãs e a eles a partir de abril se juntará o hoje vice-governador, Daniel Pereira (PSB) que se tornou a donzela do baile com quem todos querem dançar. Ex-vereador por Cerejeiras e com dois mandatos de deputado estadual, o futuro governador por nove meses é a bola da vez que todos querem dominada no pé. Resguardado os compromissos com os correligionários, entre o trio peemedebista só quem ganha com o governo socialista é o pré-candidato ao Senado Confúcio Moura.
Autor: DAVID RODRIGUES