Nesta terça-feira (14) é celebrado o Dia Mundial do Diabetes. Na capital, a Prefeitura de Porto Velho, através da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), desenvolve trabalhos de combate, tratamento e conscientização sobre a doença. Uma dessas atividades é o Hiperdia, programa do Ministério da Saúde que é executado pela pasta desde 2017.
O que é Diabetes?
Segundo o Ministério da Saúde, o Diabetes Mellitus (DM) é uma síndrome metabólica de origem múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade de a insulina exercer adequadamente seus efeitos.
A insulina é produzida pelo pâncreas e é responsável pela manutenção do metabolismo da glicose. A falta desse hormônio provoca déficit na metabolização da glicose e, consequentemente, o diabetes, que caracteriza-se por altas taxas de açúcar no sangue (hiperglicemia) de forma permanente.
Prevenção
Para levar uma vida tranquila, o paciente com diabetes precisa seguir o tratamento corretamente. Esse trabalho significa manter uma vida saudável, com alimentação adequada e prática de atividades físicas, para evitar diversas complicações que surgem em consequência do mau controle da glicemia.
Muitas vezes, o diabetes é diagnosticado em pessoas que já têm histórico familiar da doença. Por isso, especialistas afirmam que a melhor forma de evitar a doença é trabalhando com a prevenção.
Segundo a coordenadora do Programa Hiperdia, do Departamento de Atenção Básica (DAB) da Semusa, Soraya Dalboni, esses serviços preventivos estão disponíveis em todas as unidades de saúde do município, seja na zona urbana ou rural.
“Se o paciente sabe que alguém na família tem ou já teve o diabetes, o mais recomendado é fazer exames de rotina constantemente, e todos são realizados na Atenção Primária de Saúde”, destaca Soraya.
Aos 64 anos, a dona Maria do Carmo Góes faz questão de trabalhar nesse processo de prevenção. Ela não tem diabetes e nem hipertensão, mas participa do Programa Hiperdia, na Unidade de Saúde da Família Renato Medeiros, há mais de dois anos. O objetivo é manter a vida saudável.
“Prevenir e cuidar é muito importante. Eu não sou diabética e nem hipertensa, mas sou acompanhada pelo programa e eu acho muito bom, pois já estou idosa e eu quero estar na terceira idade de forma sadia. Por isso, toda vez que eles realizam essa atividade eu venho, eu só tenho a agradecer”, declarou dona Maria do Carmo.
Os serviços desenvolvidos pela Prefeitura de Porto Velho mostram o compromisso do município no combate à doença. No entanto, mais do que fazer frente ao diabetes, a Secretaria Municipal de Saúde trabalha também com o tratamento, proporcionando a essas pessoas, já acometidas com a síndrome, qualidade de vida.
Prova disso é o programa Hiperdia. As atividades desenvolvidas pela estratégia chegaram, como uma luz para a dona Maria de Fátima Frota. “Eu já participo do Hiperdia há muitos anos. Esse programa é uma das melhores coisas na minha vida. Eu digo isso porque hoje, graças a Deus, eu posso dizer que estou bem. Através desse programa, a gente aprende muitas coisas. Eu, por exemplo, usava sempre o azeite errado para fritura, mas com a orientação da equipe aqui da Unidade Renato Medeiros, eu aprendi. Sem contar os outros aprendizados”, relata dona Maria de Fátima
Em Porto Velho, aproximadamente 35 mil pacientes, entre diabéticos e hipertensos, são acompanhados pela Semusa, sendo que 9.118 são diabéticos e 25.067 hipertensos. Nesse acompanhamento realizado pelo Hiperdia, as pessoas participam de encontros rotineiramente onde, geralmente, são oferecidos exames como:
– Aferição de pressão;
– Testes de glicemia;
– Testes rápidos para HIV, Hepatite B e C e Sífilis;
– Exame de oximetria;
– Palestras sobre alimentação saudável;
– Distribuição de cadernetas do idoso;
– Entre outros.
“Nas nossas unidades, as equipes médicas realizam rotineiramente essas atividades para que essas pessoas sempre estejam atualizadas sobre orientações sobre nutrição, uso de medicação, atividades físicas, e vida saudável. É uma ação completa em busca pela vida”, diz Soraya.
O programa realizado em todas as Unidades de Saúde do município, tem espaço aberto para quem deseja participar e seguir uma vida mais tranquila.
Na USF Nova Floresta, por exemplo, o serviço é ampliado para mais próximo da comunidade e é oferecido no pátio de uma igreja da região. Segundo a médica de saúde da família, Keylla Nóbrega, essa atividade é importante para garantir a qualidade de vida da população.
“A gente faz com que a comunidade procure o serviço e, através desse encontro, os idosos conhecem e participam das nossas atividades. São serviços de orientação, atendimentos médicos e outros”, destacou Keylla Nóbrega.
Os interessados no atendimento podem comparecer à unidade mais próxima de sua residência portando os seguintes documentos: RG, CPF, cartão do SUS, comprovantes de residência, receita e laudo médico que ateste a condição de saúde.
Texto: João Muniz
Fotos: João Muniz/SMC
Superintendência Municipal de Comunicação (SMC)