Com o intuito de discutir aspectos relacionados à logística de exportação, capacidade de movimentação e modalidades de contratos disponíveis no Porto de Porto Velho, o governo de Rondônia esteve reunido, na segunda-feira (17), com a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Carne Bovina, para viabilizar a exportação da carne bovina rondoniense pelo rio Madeira. A movimentação é realizada através dos portos do Sudeste do país, e a alteração da logística adotando a rota do Arco Norte objetiva evitar custos elevados com transporte, além de reduzir filas de espera e tempo de trânsito até o destino final.
O Porto de Porto Velho, administrado pela Sociedade de Portos e Hidrovias do Estado de Rondônia (Soph/RO), movimenta carnes refrigeradas destinadas a Manaus e ao mercado regional, utilizando semirreboques que empregam combustível para alimentar geradores e manter a carne resfriada até o destino final.
Durante o encontro foi realizada uma explanação sobre o funcionamento do porto e o detalhamento das cargas atualmente movimentadas, bem como, a demonstração de que todas as áreas do porto estão regularizadas e aptas a operarem conforme o Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ) do Porto e as diretrizes da União.
Para o governador de Rondônia, Marcos Rocha, a mudança na logística representa uma oportunidade para a cadeia produtiva de carnes no estado, alinhando-se aos esforços da gestão estadual para otimizar operações e fortalecer a presença brasileira no mercado internacional de carne bovina. “Queremos transformar o Porto de Porto Velho em um ponto estratégico para exportação de carne bovina, impulsionando o crescimento econômico da região e oferecendo uma alternativa eficiente e competitiva para o setor produtivo.”
OPORTUNIDADES
De acordo com o diretor-presidente da Soph/RO, Fernando Parente, para viabilizar exportações de carnes em grande escala, são necessários investimentos em câmaras de inspeção ou um terminal frigorífico, e a gestão mostrou-se aberta a parcerias para os investimentos necessários à estruturação da movimentação das novas cargas. “Estamos dispostos a colaborar e buscar parcerias que viabilizem os investimentos em infraestrutura, como câmaras de inspeção e terminais refrigerados”, frisou.
“Temos várias áreas disponíveis para operação no porto. Para empresas que operam com cargas não consolidadas, como a carne para exportação, oferecemos o Contrato de Uso Temporário (CUT), com duração inicial de dois anos, prorrogável por mais dois. Após esse período, as empresas podem optar por um arrendamento de até 25 anos, também prorrogável por mais 25 anos. As áreas permitem um regime alfandegado próprio, facilitando toda a parte aduaneira diretamente no Porto de Porto Velho”, explicou o diretor-presidente do órgão.
PARTICIPAÇÃO
A Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Carne Bovina de Rondônia é composta por entes públicos e entidades privadas. Estiveram presentes na reunião com a diretoria do Porto de Porto Velho, os representantes da Câmara Setorial, Jucilene Cavalli e Edson Afonso Rodrigues; diretor de uma empresa de investimentos, Amauri Iamada; diretora de uma multinacional canadense, Magnólia Herrera; e a diretora de uma empresa metalúrgica, Alesandra Perusin Miotto.
Fonte
Texto: Josi Gonçalves
Fotos: Josi Gonçalves
Secom – Governo de Rondônia