Manaus – Foragido há 12 dias, desde o dia 14 de março, Wesley Costa dos Santos, condenado por lesão corporal e ameaça contra sua ex-companheira, é acusado de aterrorizar a vida de ao menos cinco mulheres em um ciclo de violência brutal. Uma das vítimas, Talita Aguiar, que teve coragem de denunciá-lo, revelou o padrão assustador do agressor: “Ele me espancava e me desafiava a ligar para a polícia, dizendo que nunca ia dar em nada. Ele se dizia detetive, mas era tudo mentira. Talita descreve o comportamento de Wesley como o de um “psicopata”, destacando que ele andava com dois simulacros de arma para intimidar suas vítimas.
O caso ganhou destaque após a sentença do Juizado Especializado da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (Maria da Penha), proferida em 14 de março pelo juiz Rafael da Rocha Lima. Wesley foi condenado por um ataque ocorrido em 26 de junho de 2024, quando, movido por ciúmes, estrangulou sua então namorada, jogou-a ao chão e ameaçou matá-la com um simulacro de arma, dizendo: “Se eu te matar agora, resolvo todos os meus problemas”. Laudos periciais confirmaram as graves lesões, e a vítima, em audiência, reafirmou disse que chegou a ficar perto da morte. Wesley, porém, não compareceu ao julgamento, resultando em sua revelia e na decretação de sua prisão preventiva, pedida pelo Ministério Público do Amazonas (MPAM) devido ao risco à segurança das vítimas e ao histórico de descumprimento de medidas protetivas.
Mesmo após a concessão de medidas protetivas, Wesley continuou perseguindo suas ex-companheiras, vigiando-as e reforçando o terror que impunha. O juiz destacou essa reincidência na sentença, fundamentando a prisão nos artigos 311, 312 e 313, III, do Código de Processo Penal, e mantendo as medidas protetivas para garantir a segurança das vítimas. Wesley se apresentava como investigador, mas, na verdade, era associado ao Conselho Nacional dos Peritos e Investigadores Profissionais DPCRIM, de onde foi desligado em 17 de março de 2025 após investigações internas. Em uma carta oficial, a entidade declarou que ele infringiu o código de ética e repudiou seus atos criminosos, enfatizando seus 21 anos de credibilidade. Apesar disso, ele segue foragido, deixando um rastro de medo e destruição. “Ele gostava de nos desafiar, dizia que a polícia nunca ia pegá-lo”, contou Talita, que gravou um vídeo emocionado para alertar outras mulheres.
Fonte: cm7brasil