Julgamento da jovem acusada durou cerca de 12 horas Durou menos que o previsto e foi finalizado após cerca de 12 horas
O julgamento da jovem Ana Clara Messias Marquezini, denunciada como mandante do assassinato do ex-namorado, Carlos Pedro
Garcia dos Santos Júnior, de 23 anos, conhecido como “Juninho Laçador”. O crime, que ganhou grande repercussão em todo o Estado, aconteceu no dia 29 de dezembro de 2022, quando a vítima foi executada a tiros.
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Ana Clara Marquezini, acusada de mandar matar o ex-namorado e campeão de rodeio, Carlos Júnior, mais conhecido como “Juninho Laçador”, foi condenada a 23 anos de prisão, em regime fechado, por homicídio duplamente qualificado. O crime ocorreu em dezembro de 2022.
De acordo com o Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO), a acusada foi condenada a 24 anos de prisão, mas a pena foi reduzida em 1 ano por causa da idade dela. Como o crime é considerado muito grave, ela não poderá responder ao processo em liberdade.
O júri aconteceu em Vilhena (RO), mesma cidade onde crime ocorreu em 2022. Uma das testemunhas que depôs durante a manhã foi Carlos Marinho, amigo de Juninho que estava com ele no dia do crime e também foi baleado. Carlos passou mais de 15 dias internado por causa dos ferimentos. Familiares contaram ao g1, que foi “um milagre” ele conseguir sobreviver.
Junior Laçador morreu depois de ser atacado a tiros em RO — Foto: Rede Amazônica
A mãe de Carlos contou que ele estava trabalhando no haras há apenas quatro dias, juntamente com Juninho, quando o crime aconteceu. As duas vítimas estavam dentro do carro, em frente ao haras, quando foram atacadas a tiros. Onze disparos atingiram Juninho, que morreu no local. Carlos foi baleado pelo menos quatro vezes e precisou ser socorrido em estado grave.
Outros condenados
Dois suspeitos de cometer o crime foram condenados em novembro de 2024: Kaio Cabral da Silva Pinho, acusado de ser o executor do crime, foi condenado a 25 anos e 8 meses de prisão. Já Fellype Gabriel da Silva, foi condenado a 23 anos de prisão. Ambos devem cumprir a pena em regime fechado.
Ana Clara Marquezini é apontada como a mandante. Segundo as provas, a ré queria que Juninho fosse morto por não aceitar o término do relacionamento e o fato de que a vítima estava namorando com outra pessoa.
A ré não foi julgada na mesma época que os outros envolvidos pois, segundo o TJ-RO, o advogado dela apresentou um atestado médico pedindo afastamento das atividades por motivos de saúde.
Ao g1, a defesa de Ana Clara informou está preocupada com a divulgação de informações falsas, que teriam influenciado a opinião pública e até parte do julgamento. Segundo os advogados, não há provas que comprovem a participação dela no crime. A defesa também questiona as declarações dos outros envolvidos, que seriam frágeis e contraditórias. Mesmo com a condenação, os advogados já preparam recurso e acreditam que instâncias superiores irão rever o caso com justiça.
Fonte: G1