Brasil – O resgate do corpo do caseiro Jorge Ávalo, conhecido como “Jorginho”, morto por uma onça-pintada no pesqueiro Touro Morto, em Aquidauana (MS), virou cena de tensão na manhã desta terça-feira (22/04/2025). Durante a operação, o felino que atacou Jorginho partiu para cima da equipe de resgate, ferindo o punho de um voluntário identificado como Paulo.
A Polícia Militar Ambiental (PMA) precisou intervir com disparos de arma de fogo para afastar o animal, conforme registrado em vídeo que circula nas redes sociais. Os restos mortais de Jorginho, especificamente os membros inferiores, foram inicialmente localizados a 200 metros do local do ataque por seu cunhado, um irmão e um sargento da PMA.
Após a descoberta, a equipe deixou a área para buscar reforços. Ao retornar, encontraram a onça tentando esconder o corpo, que havia sido arrastado por mais 50 metros. Cercado, o felino reagiu agressivamente, avançando contra os resgatistas. “A onça atacou a gente”, relatou um dos agentes presentes.
Uma testemunha descreveu o momento do ataque a Paulo: “Quase que mata ele. Ele se jogou para trás, ela ainda deu um tapa e rasgou ele.” Para conter a onça, a PMA efetuou disparos, e o animal fugiu para a mata, sem que fosse possível confirmar se foi atingido. Os restos mortais de Jorginho foram recolhidos e serão encaminhados ao Núcleo Regional de Medicina Legal de Aquidauana para análise de DNA.
A perícia criminal e a funerária já estão a caminho do pesqueiro para as providências necessárias. O caso, inicialmente registrado como desaparecimento após o ataque na noite de domingo (20/04), foi reclassificado como morte por causa indeterminada, com a abertura de um inquérito policial para elaboração de laudos. O incidente destaca os perigos da fauna selvagem no Pantanal e a bravura da equipe que enfrentou a “bicha braba” para recuperar o corpo do caseiro.
Fonte: cm7brasil