São Paulo, 5 de agosto de 2024 – A Comissão de Valores Mobiliários – CVM espera divulgar, até o final de setembro, a regra definitiva do Fiagro. Nas próximas semanas, em reunião de regulação, serão discutidas as alterações. A informação foi divulgada por João Pedro Nascimento (presidente da CVM), durante o 23º Congresso Brasileiro do Agronegócio, uma realização da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), em parceria com a B3 – a bolsa do Brasil, que reuniu cerca de 800 participantes.
Para Fabiana Perobelli (superintendente de Relacionamento com Clientes da B3), o Fiagro democratizou o acesso ao investidor no mercado do agro. “A beleza do Fiagro é ter reunido todas as letras (CPR, CRA, CDCA, entre outros) e ter simplificado o processo”, pontou. Ela salientou que o mercado de capitais traz governança e transparência, que existe muito apetite por projetos ambientais, e que o desafio está na segurança jurídica. “Outro aspecto importante é o seguro de preços. O Brasil precisa ser protagonista na formação de preços”, acrescentou.
Um estudo da CVM mostra que o agro responde por menos de 5% de participação no mercado de capitais. “O crescimento dos instrumentos tem alcançado índice superior a 100%, mas a base é muito baixa, assim há muitas oportunidades. Precisamos promover essa aproximação do agro com o mercado de capitais”, disse Nascimento, que complementa que essa aproximação tem também uma função social importante e contribui para atender os compromissos de sustentabilidade.
Moderado pela advogada especialista em Direito Ambiental Samanta Pineda, a Mesa Redonda – Competitividade e Oportunidades trouxe a avaliação do professor Daniel Vargas (Fundação Getulio Vargas – Escola de Economia de São Paulo) sobre o mercado de carbono, que precisa ser criado dentro de uma estratégia, pois é um instrumento que contribui para uma transição, além de exigir uma infraestrutura que permita medir com segurança o processo completo de produção e ter uma base para saber qual emissão vale.
“A realidade brasileira é diferente de outros países. Nossa matriz energética é renovável, com baixa emissão de carbono, ao contrário do que acontece no continente europeu, e temos um imenso ativo verde, que não gera ganhos para o produtor. A meta é desenvolver consenso do que buscamos e para que queremos o mercado de carbono”, explicou Vargas.
Agro para Sempre
Durante o 23º Congresso Brasileiro do Agronegócio, por Gislaine Balbinot (diretora-executiva da ABAG), e Marcos Amazonas (consultor e CEO da Connect) apresentaram o projeto de comunicação “Agro para Sempre”, baseado em quatro eixos – legitimidade, inovação, mulheres e união -, com o objetivo de revitalizar a imagem do setor. O projeto de longo prazo é audacioso e pretende estar em todas as mídias e ocupar todos os espaços.
“A ABAG acredita que o agro precisa ser competitivo também em sua comunicação, por isso precisa de uma interlocução eficiente. O projeto vai trabalhar a reputação e a percepção, por isso precisamos persistir, pois não é possível muda-las do dia para a noite”, disse Gislaine.
Amazonas comentou os trabalhos em cada pilar: no jornalismo, serão feitos materiais para serem distribuídos no Brasil e no exterior, na área de educação, o foco será no ensino fundamental 2, no universitário e pós-universitário, em eventos será apresentado o que foi feito pelo setor, e em dramaturgia, quatro séries estão sendo roteirizadas. “O projeto está aberto para sugestão de todos em torno desta aliança”, pontuou.
Serviço:
23º Congresso Brasileiro do Agronegócio – Presencial e On-Line
Tema: Biocompetitividade
Data: 5 de agosto de 2024
Horário: das 9h às às 18h
Local: Sheraton WTC São Paulo Hotel – Av. das Nações Unidas, 12559
Informações e inscrições: https://congressoabag.com.br/
Assessoria de Imprensa:
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