Na terça e quarta-feira da próxima semana, dias 08 e 09 de março respectivamente, a jornalista e empreendedora cultural Emilli Sousa estreia seu mais novo projeto, a live “Feira – Sabores e Saberes”, onde conta, através de dois episódios, as histórias e curiosidades de “quem faz” a feira livre em Porto Velho e “para quem” ela é feita. A exibição será online e gratuita, às 19h30, no canal da artista no Youtube https://www.youtube.com/c/EmilliSousa
Para ela, contar essas histórias tem valor sentimental e afetuoso por conta da relação da sua família com o lugar. A avó da jornalista, Dona Nauria, era feirante e já trabalhou com barracas de confecções e também de batata frita. “Vir à feira me faz revisitar memórias afetivas muito espaciais da minha infância, com a minha avó, minha mãe, tios e primos”, revela.
Além das histórias da família, a live trará particularidades das pessoas que compõem o dia a dia do ambiente. São falas carregadas de orgulho, que vencem o preconceito através do trabalho duro para realizar sonhos e atingir seus objetivos.
Uma delas é do Seu José de Anchieta, mais conhecido como Ronaldo por conta da sua admiração pelo ídolo do futebol, que conseguiu formar a filha em Direito através do seu trabalho na feira. Ele contou com o apoio da sua esposa, falecida há alguns anos, que tinha também o sonho de construir uma casa de alvenaria. “Ela morreu e, infelizmente, não pôde ver o seu sonho concluído, mas nós conseguimos. E agora que a nossa filha tá formada, ela vem comigo aos domingos para dar apoio na barraca”, comenta.
Outra figura bastante conhecida da feira é a Kátia, que após perder a tia feirante assumiu sua barraca para dar continuidade a tradição da família. “Quando cheguei não tinha um sentimento de pertencimento ao local, mas depois percebi que era um ambiente acolhedor e que me oferecia muitas possibilidades. Acreditei e faço o meu melhor nesse lugar que, além de garantir meus sustento e a renda de 12 funcionários, ainda me possibilita construir relações especiais”, afirma.
E esse ambiente acolhedor e familiar transparece aos visitantes. Em suas passagens pela feira, principalmente nos dias de gravação, a jornalista contou com a união dos feirantes. “Todos eles sabem o horário que os outros chegam, de onde vêm, qual produto vende. Se alguém chegar perguntando ‘onde encontro o moço do tomate?’ eles prontamente vão responder e indicar”, destaca a idealizadora do projeto.
Sobre a live
A ideia saiu do papel ao ser contemplada pelo Edital nº 34/2021/SEJUCEL-CODEC – 2ª Edição Mary Cyanne – Prêmio de Produção Artístico-Cultural para Transmissões ao Vivo/Gravadas pela Lei Federal 14.017/2020 Aldir Blanc. “Estamos trabalhando para que essa seja só a primeira fase do projeto. Esse incentivo através da Lei está abrindo portas para muitas discussões importantes e necessárias. Não vamos parar por aqui ”, afirmou a empreendedora cultural.
Por: Felipe Araújo/Jornalismo e Marketing