Neste sábado (02/04), às 19h, iniciam-se as programações das Lives do Festival das Bee, com transmissão pelo canal do Youtube.
Serão sete dias de apresentação de músicas, dança, performance, bate papos e muitas outras atrações realizadas por artistas LGBTQIA+, o festival terá tradução em Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS.
O Festival das Bee fará sua abertura, no dia 02/04 (sábado), com a apresentação de DJs e drag queens das festas LGBTQ+ locais, seguindo a programação no domingo o sarau trará muita música e poesia.
No decorrer da semana, entre os dias 04 e 08 de abril, o festival realizará mais ações formativas como bate papos e aulas de dança.
A live de encerramento da primeira edição do FESTIVAL DAS BEE será no dia 09 de abril com muita música e diversas performances.
Cada live está prevista para ter duas horas de duração, totalizando assim quatorze horas de programação divididas entre os sete dias.
SOBRE O PROJETO
O objetivo do projeto é apresentar ao público geral os diversos eixos artísticos e espaços de discussão, assim como fomentar, promover e incentivar a criação artística da comunidade LGBTQIA+.
“Em um país onde a cada 19 horas uma pessoa LGBT é morta (Dados de Grupo Gay da Bahia) e a cada 26 horas uma pessoa trans é assassinada (Dados da Rede Trans Brasil) realizar o festival não é apenas um momento de festejo, na realidade realizar o festival diz respeito a criar, gerar e possibilitar outras vidas que não são a morte para a comunidade”, argumenta o proponente do projeto Rafael Correia, estudante da graduação de Teatro da Universidade Federal de Rondônia.
Rafael explica que foi a necessidade de criar espaços que fomentem vida e prosperidade para a população LGBTQIA+ que viabilizou o entendimento desse projeto. “Contratar e gerar renda a populaçãoLGBTQIA+ do estado de Rondônia de modo geral, empregar mesmo que eventualmente, artistas, fotógrafos, palestrantes, DJ’s é de extrema relevância para as pessoas que fazem parte dessa comunidade, pois viabiliza uma situação de qualidade de vida.”
O produtor Vinicius Brito ainda aponta que a execução do projeto pode ser vista como uma forma de criar um espaço seguro para serem feitas discussões sobre política, em particular uma política que diz respeito à sobrevivência e segurança da comunidade LGBTQIA+, “é uma forma de falar sobre o respeito a vida, precisamos discutir cada vez mais publicamente políticas LGBTQIA+, é uma maneira de existir mais dentro desse sistema que nos assassina e nos mata.”
Guilherme Ocampo, participante da elaboração do projeto explica que a ideia central do festival é criar uma coletividade a partir da diferença, unindo pessoas LGBTQIA+, héteros e cis, com a difusão de informação para fortalecer a luta contra a LGBTFobia. “A intenção é criar um campo coletivo onde todos possam ser aceitos, deste modo abraçando e entendendo a diferença como um processo de soma dentro da humanidade e criar a partir dessa diferença formas múltiplas de vida” somatiza em sua fala Guilherme.
O projeto foi contemplado pelo Edital nº 32/2021/SEJUCEL-CODEC 2ª Edição Pacaás Novos – Prêmio para difusão de Festivais , Mostras e Feiras Artístico-culturais – Lei Federal 14.017/2020 (LEI ALDIR BLANC).
Por: Daiane Brito