Deflagrada nesta quarta-feira (10/5), pelo Ministério Público de Rondônia e Polícia Militar de Rondônia, a Operação Cnidários resultou na prisão de 23 pessoas, todas integrantes de facções criminosas e com processos criminais em curso, predominantemente, por tráfico de drogas. Realizado a partir de metodologia e estratégia voltadas para a maior assertividade no combate a esses grupos, o trabalho busca promover impactos diretos na segurança pública local.
A mobilização ocorreu de forma simultânea em 13 estados, sob a coordenação estadual do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do MPRO, em ação articulada com o Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas (GNCOC).
O balanço dos trabalhos foi apresentado no final da manhã desta quarta, em entrevista coletiva com a presença dos Promotores de Justiça Anderson Batista de Oliveira e Fábio Rodrigo Casaril, respectivamente coordenador e integrante do GAECO/MPRO, e, ainda, pelo Comandante-Geral da PM, Coronel James Alves Padilha, e pelo Chefe de Inteligência da corporação, Coronel Washington Soares.
As autoridades reiteraram o objetivo da operação de desarticular organizações criminosas violentas que atuam nas ruas, condomínios populares e nos sistemas prisionais, mediante prisões de seus integrantes e coleta de provas das práticas delituosas.
Conforme detalhou o coordenador do GAECO, Promotor de Justiça Anderson Batista de Oliveira, a ação foi realizada com base em metodologia que visa garantir maior assertividade ao combate às facções criminosas e aos crimes que delas decorrem, tendo sido executado um criterioso trabalho de inteligência e um levantamento minucioso dos alvos.
“O grande diferencial da operação foi a atuação estratégica voltada para a efetividade processual. Nós nos preocupamos não só com a fase de deflagração da operação, mas também com a segurança de todas as ações executadas no exercício do cumprimento de mandados, visando às etapas judiciais seguintes – denúncias e condenações”, afirmou, explicando que o MP tem atuado para o enfrentamento ao crime de modo global.
Destacando o impacto da atividade desta quarta para a segurança pública, o Promotor de Justiça Fábio Rodrigo Casaril pontuou que a maior parte dos alvos da operação responde ou já respondeu criminalmente, tendo, inclusive, condenações. “São, na maioria, foragidos. Com a ação de hoje, estamos evitando a prescrição de crimes, fazendo com que essas pessoas prestem contas à Justiça pelas condutas já praticadas. Também impedimos que, presas, voltem a adotar condutas criminosas, resguardando assim a sociedade”, disse.
Durante a entrevista, o Comandante-Geral da Polícia Militar, Coronel James Alves Padilha, sublinhou o intenso emprego da força policial na operação Cnidários, ressaltando que o apoio da corporação ao trabalho refletiu a envergadura da ação, sua importância e impacto para a dinâmica do desenvolvimento das atividades da PM no Estado.
Aparato – Em Rondônia, a Operação Cnidários contou com atuação de promotores, delegados de polícia e policiais lotados no GAECO e 106 policiais militares, totalizando cerca de 120 pessoas envolvidas no trabalho.
A ação tem o nome em referência a um grupo de organismos aquáticos, que podem viver escondidos nas profundezas dos oceanos, longe da luz solar, tal como algumas das características inerentes ao modus operandi das facções criminosas.
Fonte: Gerência de Comunicação Integrada