Porto Velho
Encerrou mais uma assembleia do Sintero ontem à tarde e os servidores da educação do município de Porto Velho resolveram manter o movimento paredista, em que pese à solicitação do prefeito para que o mesmo fosse encerrado. Os grevistas afirmam que a contraproposta enviada ao executivo foi recusada pelo prefeito Mauro Nazif e não houve uma sensibilização de seus assessores no sentido de acenarem de forma positiva a categoria.
Estado
Enquanto a greve no município caminha em passos largos, no executivo estadual se verifica a tentativa do governo do estado em barrar esses movimentos paredistas, através de ações na justiça e/ou convencer os sindicalistas. Caso do Sinsepol, Singeperon e agora o Sintero no âmbito estadual. A alegação por parte dos assessores do governador Confúcio Moura em não atender as reivindicações dos grevistas, é o fato do Estado está seu limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Em fúria I
Os moradores de Porto Velho se surpreenderam com a repentina fúria dos vereadores, os quais a exemplo de toda a população perderam também a paciência com as obras inacabadas dos viadutos, as quais maculam a beleza da entrada da cidade. Resolveram partir pra briga e para o protesto, a exemplo do qual ocorreu na tarde de ontem, com a exposição de faixas, discursos inflamados, interdição da BR-364 e a vontade de conquistar o apoio da sociedade civil organizada para essa causa.
Em fúria II
Essa fúria repentina sobrou para o ex-prefeito Roberto Sobrinho, atual administração, Dnit e principalmente para a bancada federal. Segundo os próprios vereadores em seus discursos inflamados no viaduto do trevo do roque, Roberto deveria ter continuado preso, a atual administração ter repassado as obras para o Dnit ao invés de trazer para si e os parlamentares da bancada federal estarem fazendo pressão para seu término em Brasília.
Em fúria III
Como nenhuma dessas três hipóteses está de fato acontecendo, o que ficou evidenciado com a vinda do diretor geral do Dnit general Jorge Fraxe a Rondônia, o qual esteve em Ji-paraná, mas ignorou a situação de abandono dos viadutos da capital. Os vereadores resolveram contra-atacar e elegeu principalmente a bancada federal como alvo, havendo a possibilidade de buscarem apoio em prol da conclusão dos viadutos em parlamentares federais dos estados de Mato Grosso, Acre e Amazonas.
Confúcio I
Mesmo criterioso em anunciar que concorreria a reeleição para um segundo mandato, o governador Confúcio Moura esperava um momento propício para que juntamente com seus correligionários assim o fizesse, no entanto, essas greves que estão despontando nas principais categorias do estado não permitem essa tranquilidade tão esperada. A ideia seria ter essa força dos sindicatos no momento que fosse anunciar suas pretensões para um segundo mandato, mas não vingou.
Confúcio II
Com o final do ano se aproximando e o tempo urgindo para que essa decisão fosse tomada, a assessoria do governador aproveitou o anúncio de um pacote de obras que segundo fontes palacianas irá revolucionar a infraestrutura em todo o estado, e a realização da Rondônia Rural Show para autorizar um de seus asseclas a trazer essa afirmação. A estratégia pode ter sido boa, mas com certeza os adversários irão aproveitar pra tentar desestabilizar esse projeto político.
Reeleição
É surpreendente o contraste do número de deputados estaduais que foram eleitos no interior e atuam na capital, com os que aqui receberam seus mandatos e estão priorizando o seu trabalho no interior. A falta de compromisso com os eleitores de Porto Velho é tão grande, que muitas vezes quando alguns aliados questionam essa atitude ainda são tachados por uns alienados de traíras. Seria bom que os eleitores da capital identificassem esses ditos parlamentares para responder a altura nas próximas eleições.
Autor: DAVID RODRIGUES