Estadual I
Já estamos praticamente na metade do mês de junho e o movimento paredista das categorias do Sintero, Singeperon, Sinsepol e Sinjur continuam firmes e fortes em todo o estado de Rondônia. Mesmo com todo o esforço dos integrantes da Mesa Estadual de Negociação Permanente (MENP) as conversações não avançam para um final feliz, restando sempre à troca de farpas de ambos os lados após cada tentativa de acordo, o que só distancia as partes de uma saída pacífica.
Estadual II
Segundo os sindicalistas o grande impasse reside exatamente na falta de credibilidade de alguns dos membros da Mesa Estadual de Negociação Permanente, os quais em outrora já sentaram por diversas vezes com os representantes dos sindicatos, assumiram compromissos e não honraram os mesmos em tempo hábil. Essa desconfiança vem travando as negociações e impedindo o fim da greve, pois suas palavras são como folhas ao vento.
Municipal I
Já no município de Porto Velho os trabalhadores em educação resolveram inovar na forma de fazer suas reivindicações e se encontram acampados em frente do Palácio Tancredo Neves, sede da prefeitura da capital. O prefeito Mauro Nazif se encontra acuado, pois quando no legislativo federal sempre mostrou habilidade na mesa de negociações em prol dos servidores públicos, no entanto, agora no executivo vem encontrando dificuldade para demonstrar a mesma disposição.
Municipal II
A estratégia é pressionar com maior intensidade o prefeito e os seus representantes a atenderem todos os itens da pauta apresentada no momento da primeira negociação. Anteriormente as assembleias gerais estavam sendo realizadas na Praça das Três Caixas D’água e a partir dessa quarta-feira passarão para frente da prefeitura, com intuito de ter novamente o prefeito presente e buscando pessoalmente um meio junto aos seus técnicos e a categoria que leve ao fim da greve.
Mãos I
O governador Confúcio Moura assim que assumiu seu mandato passou a interagir com a população do estado de Rondônia através de seu blog, no qual relatava diariamente com textos bem inspirados, suas experiências cotidianas no trato com políticos, empresários e o público em geral. Mas ao passar dos dias compreendeu após pesadas críticas de diversos setores da população que sua inspiração poética não condizia com a realidade sofrida dos rondonienses.
Mãos II
Essa realidade compreendia a falta de investimento em infraestrutura, no social e principalmente na valorização dos servidores públicos estaduais, os quais amargaram uma estagnação de 8 anos na gestão do ex-governador Ivo Cassol. Demorou dois anos para que Confúcio vislumbrasse essa questão, mas em que pese ter anunciado um investimento de milhões para Rondônia sair desse marasmo, se tornou um poeta de mãos atadas com esse movimento paredista dos grevistas em todo estado.
Jogada I
O deputado estadual Hermínio Coelho iniciou sua atividade política na base sindical do Sintetuperon em Rondônia e através de sua militância no Partido dos Trabalhadores chegou a Câmara Municipal de Porto Velho, da qual se tornou presidente no seu segundo mandato. Entre idas e vindas à convivência pacífica com o ex-prefeito da capital, resolveu romper de vez com Roberto Sobrinho, e ao se tornar um ferrenho opositor do mesmo, galgou seu espaço na Assembleia Legislativa.
Jogada II
Já na composição da mesa diretora da Assembleia, assegurou a vice-presidência do parlamento com os votos do PT comprometidos com a eleição de Valter Araújo. Com o advento da Operação Termópilas, se mostrou um excelente jogador ao contribuir para a cassação do ex-presidente e se manter firme em seu lugar. Mas a grande jogada de Hermínio é apostar na revolta do povo rondoniense contra políticos corruptos e terminar o ano de 2014 como governador eleito de Rondônia.
Autor: DAVID RODRIGUES