Gigante I
Após 20 anos na inércia e aceitando a imposição do poder executivo, legislativo e judiciário a população resolveu sair às ruas novamente e soltar o grito preso há tanto tempo. Com essa atitude o Brasil reconheceu na voz da população, que já estavam cansados de tanto verem escândalos nesse país a fora sem uma política de controle em respeito ao cidadão de bem.
Gigante II
Como resultado dessas manifestações se observou em todo o País que os poderes, deixaram de se reunir em segredo para definirem uma estratégia em comum para deliberarem a cerca dos grandes temas nacionais, dessa vez agiram cada um por si, procurando da uma resposta efetiva as vozes que chamavam das ruas por mudanças drásticas em todas as esferas de poder.
Gigante III
O executivo tratou de por em evidência o tema da reforma política, o qual outrora era ignorado pelos integrantes das duas casas legislativas federais. O legislativo tratou de por em votação em regime de urgência a tão denunciada PEC 37, que tirava o direito do Ministério Público investigar os atos de corrupção e tornou o crime de corrupção em hediondo. Já o judiciário fez história ao mandar prender o primeiro deputado federal no exercício do mandato, e para infelicidade dos rondonienses trata-se de Natan Donadon.
Gigante IV
O movimento que teve seu início no estado de São Paulo e de lá se repetiu nas demais capitais brasileiras, a princípio em protesto pelo aumento das tarifas de ônibus e posteriormente com a adesão de milhares de cidadãos, abraçou os mais diversos temas nacionais. Deixou um verdadeiro legado para essa nova geração, pois se ouvia falar muito na geração da era Collor, no entanto, essa também será lembrada de forma muito especial, ao deixar claro aos detentores do poder se vacilar não os representam.
Estadual I
Na esfera estadual verificou-se uma manifestação inicialmente pacífica, sendo que na penúltima que ocorreu na capital, um grupo infiltrado na multidão patrocinou alguns saques em lojas no centro da capital e posteriormente foram contidos pela Polícia Militar. Mas ficam os exemplos de estudantes, jornalistas, cidadãos de bens e membros da sociedade civil organizada, os quais foram as ruas e demonstraram toda a sua indignação na principais avenidas da capital.
Estadual II
Quanto aos reflexos dessa mobilização no estado, os políticos receberam bem a mensagem da comunidade, pois nos dias de protesto os manifestantes recusavam o apoio de políticos e o uso de bandeiras de sindicatos e partidos políticos. Portanto toda a mobilização no estado foi de iniciativa popular, badalada pela força das redes sociais, na qual estudantes e universitários fizeram uma verdadeira rede para conquistar a adesão da grande massa.
Donadons
Os irmãos Marcos e Natan Donadon foram finalmente presos e afastados de suas funções parlamentares, o processo já se arrastava a longos anos e sempre era interrompido por desfrutarem de foro privilegiado em razão de exercerem mandato parlamentar e por ações maquiavélicas de seus advogados. Os dois foram condenados por danos ao erário público e estão à disposição da justiça.
Assembleia I
A Assembleia legislativa de Rondônia mais uma vez fica em evidência de forma negativa no cenário nacional ao ter mais um ex-presidente preso por corrupção. É surpreende a maneira que os ex-presidentes da instituição são levados a terem problema com a justiça a exemplo de Silvernani Santos, Natanael Silva, Carlos de Oliveira, Valter Araújo e agora Marcos Donadon.
Assembleia II
O atual presidente, Hermínio Coelho desde quando ascendeu ao cargo de presidente da Casa de Leis após o processo de cassação do ex-presidente Valter Araújo vem procurando da um novo curso ao legislativo, a fim de evitar desdobramentos dessa natureza. Mas há quem fale sobre sua flexibilidade com relação a atos de alguns de seus pares no exercício do mandato, pois prefere atacar o governo do estado a apurar com diligência seus correligionários, fato que vem despertando o interesse de manifestantes exercerem pressão sobre os membros daquela Casa.
Greves
Aos poucos os acordos estão sendo fechados entre os chefes do executivo municipal e estadual e os servidores retornando aos seus postos de trabalho. Na capital os servidores da educação entraram em acordo com o prefeito Mauro Nazif e retornaram nessa segunda-feira ao trabalho. Quanto ao estado o governador Confúcio Moura vai se acertando com as categorias que paralisaram suas atividades. A Polícia Civil e os agentes penitenciários já normalizaram suas atividades e o próximo passo será se acertar com os trabalhadores em educação.
Autor: DAVID RODRIGUES