A Rede Nacional de Proteção de Jornalistas e Comunicadores é uma iniciativa que reúne organizações da sociedade civil, jornalistas, comunicadores, coletivos de mídia, movimentos sociais, sindicatos e outras entidades em todo o Brasil. Seu objetivo é assegurar o direito à comunicação, defendendo a liberdade de imprensa e protegendo profissionais da comunicação.
Em Rondônia alguns jornalistas e comunicadores já foram atendidos pelos programas da Rede. Os casos envolvem assédio judicial, ameaças e disparos com arma de fogo. Foi o caso do jornal Rondoniaovivo, que teve o prédio da redação alvejado por radicais de direita.
Nos últimos 10 anos, 230 casos foram registrados em nove estados da região amazônica de violência contra jornalistas e comunicadores. O Pará é o estado mais violento para repórteres na Amazônia, com 89 casos registrados em uma década, seguido por Amazonas (38), Mato Grosso (31) e Rondônia (20).
A Rede desenvolve ações em três áreas principais:
Articulação: promove a conexão entre indivíduos e grupos que defendem a liberdade de expressão, criando uma rede de apoio em todo o país. Essa articulação inclui jornalistas, comunicadores, movimentos sociais e entidades de direitos humanos, formando uma coalizão diversificada em todos os estados.
Formação: oferece atividades sobre segurança digital, estratégias de autoproteção e orientações para cobertura jornalística. Essas formações ajudam os profissionais a atuar com mais segurança e eficiência, principalmente em contextos de risco.
Denúncia: disponibiliza uma ferramenta digital segura para receber relatos de ameaças e ataques a comunicadores. Após o recebimento, o caso é analisado, e a Rede entra em contato com a vítima para coletar informações, avaliar a divulgação e acompanhar os desdobramentos, oferecendo suporte e medidas de proteção.
A Rede também organiza encontros periódicos para revisar suas diretrizes e fortalecer a articulação entre seus membros. Um exemplo é o 3º Encontro de Jornalistas e Comunicadores, realizado em Brasília em julho de 2023, onde foram discutidas estratégias de proteção e elaborada uma carta de princípios com cinco pilares:
Defesa do direito à comunicação
Compromisso com os direitos humanos e ambientais
Solidariedade e acolhimento
Respeito à diversidade
Defesa da democracia
Outras ações incluem a manutenção de uma Biblioteca de Proteção, que disponibiliza cartilhas, guias práticos e relatórios sobre violência contra jornalistas no Brasil, além de orientações para segurança no exercício da profissão.
A Rede é coordenada pelo Instituto Vladimir Herzog e pela Artigo 19, com apoio de organizações como Repórteres Sem Fronteiras e Intervozes. O projeto é financiado por parcerias com a iniciativa privada e recursos provenientes de emendas parlamentares.
Como denunciar
Casos de ameaças ou ataques podem ser relatados pelo site da Rede, que garante sigilo e segurança das informações fornecidas. A denúncia é analisada, e a vítima recebe orientações sobre os próximos passos e possíveis medidas de proteção.
Além das ações diretas, a Rede contribui para a criação de políticas públicas voltadas à proteção de comunicadores, defensores de direitos humanos e ambientalistas, participando de consultas públicas e elaborando planos nacionais de proteção.
Em resumo, a Rede Nacional de Proteção de Jornalistas e Comunicadores trabalha para garantir um ambiente seguro e democrático para o jornalismo no Brasil, fortalecendo a colaboração e a solidariedade entre profissionais e organizações em todo o país.
PARA MAIS INFORMAÇÕES, DENÚNCIAS E PEDIDOS DE AJUDA ENTRE NO SITE: https://rededeprotecao.org.br/